Os Medicamentos e a Formação Dental

Existe algum medicamento que deve ser evitado antes da gravidez? Qual o período de segurança?

A prescrição de medicamentos a mulheres em idade reprodutiva deve ser cautelosa, pois é freqüente o diagnóstico de gravidez no transcorrer do primeiro trimestre, o período mais crítico do desenvolvimento fetal.
Portanto, as drogas cujos efeitos são conhecidos poderão ser ingeridas, mas algumas deverão sofrer restrições quanto à sua utilização. Quanto às drogas novas, deve haver cautela em seu uso. 0 médico ou o dentista deve ser consultado, pois existem medicamentos que permanecem no organismo por longos períodos, o que torna a sua ingestão perigosa nos períodos próximos à gravidez.
     

Qual o período da gravidez em que o feto está mais vulnerável à ação prejudicial de Manchamento medicamentos ingeridos pela mãe?

Os medicamentos são responsáveis por 2% a 3% dos casos de malformação em bebês, e podem provocar a morte do feto nos primeiros dias de gestação. Os maiores riscos ocorrem nos três primeiros meses e nos três últimos meses de gestação.

Quais os medicamentos que, Ingeridos na gravidez, prejudicam o feto?

Nenhum medicamento deveria, a rigor, ser ingerido durante a gravidez, e mesmo aqueles indicados devem ser utilizados somente nos casos de real necessidade, tendo em vista que a maioria das substâncias utilizadas com finalidade terapêutica passam da mãe para o feto.

Na obrigatoriedade de tomã-los, quais seriam os efeitos colaterais?

Até aproximadamente 15 dias após a fecundação, a atuação da droga pode determinar a morte do feto. Após esse período, os medicamentos provocam inalformações; isso ocorre até aproximadamente 60 dias após a fecundação. A partir daí, no período de crescimento e no final da gravidez, as manifestações podem ser de deficiência funcional.

     
    
0 que pode ser ingerido na gravidez para favorecer a formação dos dentes da criança?

Seguramente os compostos polivitamínicos e o flúor (se usado corretamente), além, evidentemente, de uma boa alimentação. A prescrição desses medicamentos deve ser realizada pelo médico ou pelo dentista.

Quais os medicamentos que, ingeridos pela mãe após o parto, podem "passar" para o recém-nascido, via amamentação, e alterar de alguma maneira a formação dental?

Praticamente todos os medicamentos ingeridos pela mãe no período pós-parto podem passar para o recém-nascido. Durante a amamentação, a ingestão de medicamentos deve ser acompanhada pelo médico responsável, para que não ocorram manifestações tóxicas que comprometam o desenvolvimento intelectual, social ou funcional da criança. No aspecto funcional incluímos o órgão dental, que pode apresentar alterações morfológicas e estéticas devido ao uso de alguns medicamentos.

Na primeira infância (de 0 a 5 anos), quais as precauções que devem ser tomadas antes da ingestão de remédios?

Nessa faixa etária as crianças não podem ser consideradas um adulto em miniatura. 0 funcionamento do organismo das crianças é diferente do dos pacientes adultos. Os medicamentos utilizados devem ter preferencialmente poucos efeitos colaterais. Os pais, antes de medicar seus filhos, devem sempre consultar o médico ou o dentista.

Os antibióticos mancham ou enfraquecem os dentes?

Geralmente, não. Somente o grupo químico das tetraciclinas, pois esses medicamentos dificultam a formação do esmalte (porção brilhante e esbranquiçada) e da dentina (porção situada abaixo do esmalte) quando o dente está em formação, provocando alterações na estrutura e na cor dos mesmos. As tetraciclinas devem ser evitadas durante a gestação e na infância. Por essa razão, os pais não devem administrar antibióticos aos seus filhos antes de consultar o médico ou o dentista.

Como saber se a alteração dental (manchas, por exemplo) foi causada pelo remédio?

Somente o dentista poderá, eventualmente, identificar o agente responsável pela alteração da cor do dente.
Para tanto, o profissional realizará um criterioso exame clínico, pesquisará os acontecimentos que antecederam a alteração e que ocorreram durante a formação do dente.

Fonte: Revista da APCD

Endodontia

O que é Tratamento de Canal?

O tratamento do canal da raiz dentária consiste na retirada da polpa do dente, que é um tecido encontrado em sua parte interna. Uma vez que a polpa foi danificada, infeccionada ou morta é removida, o espaço resultante deve ser limpo, preparado e preenchido. Este procedimento veda o canal. Alguns anos atrás, os dentes com polpas infeccionadas ou mortificadas eram extraídos. Hoje em dia, um tratamento de canal salva muitos dentes que de outra forma teriam sido perdidos.



Como é tratado o canal?
O tratamento de canal é feito em várias etapas, realizadas em várias visitas ao consultório, dependendo do caso.

Qual a durabilidade de um dente restaurado?
Os dentes restaurados podem durar a vida toda quando tratados adequadamente. Devido ao fato de ainda ser possível o aparecimento de cárie em um dente tratado, uma boa higiene bucal e exames dentários regulares se fazem necessários, a fim de evitar problemas futuros. Como não há mais uma polpa viva que mantenha o dente hidratado, os dentes com raiz tratada podem se tornar quebradiços e mais sujeitos à fratura. Este é um importante aspecto a ser levado em conta quando for optar entre uma coroa ou restauração após o tratamento de canal. Para se determinar o sucesso ou fracasso do tratamento de canal, o método mais confiável é comparar novas radiografias com aquelas tiradas antes do tratamento. Esta comparação mostrará se o osso continua sendo destruído ou se está sendo regenerado.



Fonte: Site Colgate

PIERCING BUCAL


O que é um piercing na boca?

É qualquer tipo de piercing que pode ser na língua, nos lábios ou nas bochechas. Nos anos mais recentes, os piercings na região da boca têm se tornado uma forma de expressão individual. Como o piercing na orelha, os brincos e anéis de metal colocados na boca são de diferentes estilos e compreendem peças como pinos, tarraxas e argolas. Mas o piercing colocado na língua, lábios ou bochechas envolvem riscos maiores do que os colocados na orelha. Antes de perfurar qualquer parte, dentro ou fora da boca, converse com seu dentista.

Quais os riscos deste tipo de piercing?

É possível que você desconheça os efeitos colaterais que um piercing oral oferece. Estes efeitos são:

• Infecção – A boca contém milhões de bactérias que podem causar infeções depois de um piercing oral. Tocar as partes de metal depois de colocados na boca também torna maior o risco de se contrair uma infecção.

• Sangramento prolongado – Caso um vaso sangüíneo seja perfurado pela agulha durante o procedimento de colocação, pode haver um sangramento difícil de ser controlado com perda excessiva de sangue.

• Dor e inchaço – São sintomas comuns de piercing na boca. Em casos mais sérios, se a língua inchar demais, poderá fechar a passagem de ar e dificultar a respiração.

• Dentes danificados – O contato com a jóia pode danificar o dente. Dentes com restaurações, por exemplo, coroas ou jaquetas - também podem ser danificados pelas peças de metal.

• Ferimento na gengiva – As peças de metal não só podem ferir o tecido da gengiva que é sensível, mas também podem causar retração gengival. A retração gengival tem aparência desagradável e torna seus dentes mais vulneráveis a cáries e à periodontite.

• Interferência com a função normal da boca – As jóias aumentam a produção de saliva, impedindo que você pronuncie corretamente as palavras e também dificultam a mastigação.

• Doenças transmissíveis pelo sangue – O piercing da boca foi identificado pelo Instituto Nacional de Saúde como uma possível forma de transmissão da hepatite B, C, D e G.

• Endocardite – O piercing oral pode causar endocardite, que é a inflamação das válvulas e dos tecidos cardíacos. A ferida causada pela perfuração dá às bactérias da boca a oportunidade de entrar na corrente sangüínea, podendo chegar ao coração.

Quanto tempo dura um piercing?

Se você não contrair nenhuma infecção e seus piercings orais não interferirem com as funções normais da boca, podem ser usados de forma permanente. Mas, não deixe de ir ao dentista se sentir qualquer tipo de dor ou algum outro problema. Por causa dos riscos envolvidos mesmo depois que a ferida da perfuração desaparece (como é o caso de engolir peças soltas ou danificar os dentes), a melhor coisa é não fazer piercing oral.

DENTES DO SISO


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Quantos dentes do siso existem?
Existem quatro dentes do siso: dois superiores, sendo um direito e um esquerdo, e dois inferiores, também direito e esquerdo.

Em que idade eles normalmente erupcionam?
A erupção ocorre normalmente dos 17 aos 20 anos; portanto, são os últimos dentes da dentição a erupcionar.

Todo mundo tem o dente do siso?
Não.

Por que às vezes eles não erupcionam?
Porque algumas pessoas não possuem mesmo o dente do siso (germe dental); às vezes, não erupcíonam por falta de espaço na arcada dental, ou ainda, pela posição horizontal do dente, o que dificulta a sua irrupção.

0 que acontece se ele ficar dentro do osso (não erupcionar)?
Pode produzir reabsorções de dentes vizinhos, transtornos dolorosos ao paciente e possíveis degenerações (lesões císticas).

0 que acontece se ele erupcionar parcialmente?
A erupção parcial ocorre geralmente por falta de espaço na arcada ou pela posição horizontal do dente. Ambos os casos dificultam a erupção, ocorrendo, dessa forma, a erupção parcial do siso. Esse quadro pode provocar gengivites (inflamação da gengiva), abscessos na região, irritação local, dor e edema.

É verdade que o dente do siso empurra os outros dentes, provocando mudanças de posição?
Há duas correntes: a primeira diz que, se houver espaço suficiente para a erupção do siso e o paciente não tiver tendência a apinhamento (mudança de posição), não haverá problemas; já a segunda diz que, se o espaço for insuficiente e o paciente, submetido à ortodontia e com tendência a apinhamentos, ou mesmo, só submetido à ortodontia, mas com a mesma tendência, poderá ter problemas futuros, como o apinhamento de dentes.

Quando a gengiva do dente do siso que está erupcionando inflama, o que fazer?
Deve ser feita a remoção do tampão gengival que cobre parcialmente a superfície dental (ulectomia) ou a curetagem gengival, ambos realizados pelo profissional. 0 paciente, para melhorar esse quadro inflamatório, poderá realizar higiene oral rigorosa no local; bochechos com anti-sépticos bucais podem amenizar o quadro, mas, para resolver o problema, o paciente deverá procurar um cirurgião-dentista.

Quando é indicada a extração do siso?
A sua extração está indicada na ausência de espaço para a erupção, no posicionamento horizontal do siso, nos quadros de dor e quando se inicia a erupção e esta não se completa, ou seja, há erupção parcial do siso. Quando se faz a extração de um siso, provavelmente terá que ser feita a extração de ambos os sisos do mesmo lado, isto é, do superior e do inferior.

Orientações sugeridas por Jorge Gdikian Filho – Assistente Efetivo do Setor de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da Disciplina de Face e Pescoço do Departamento de Cirurgia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.


REVISTA DA APCD V. 50, Nº 6, NOV./DEZ. 1996
Texto revisado pelo Dr. Valter Luis Varise – Especialista em Ortodontia

Doenças da gengiva


Se a placa não for removida regularmente dos dentes, incluindo as áreas abaixo da linha gengival, ela pode irritar, levando à doença na gengiva. Escovação e limpeza regular entre os dentes são essenciais para ajudar a prevenir a doença na gengiva.

Como a placa causa doenças nas gengivas?
As bactérias da placa produzem toxinas que podem irritar a gengiva e causar dano aos dentes. O estágio inicial da doença na gengiva é chamado de gengivite. Trata-se de uma inflamação na gengiva que pode causar inchaço, sensibilidade e sangramento quando da escovação ou do uso de fio dental.

Quem corre o risco de doenças na gengiva?
As doenças na gengiva podem afetar qualquer grupo etário, incluindo as crianças. Entretanto, afetam com maior freqüência os adultos. Na verdade, por volta de três dentre quatro adultos com idade superior a 35 anos têm alguma forma de doença na gengiva no momento ou a tiveram no passado. Seu risco de ter doença na gengiva aumenta se você fuma ou tem certos problemas de saúde. Assim, é fundamental manter seu dentista informado sobre sua saúde geral.

O que eu devo fazer se achar que tenho gengivite?
Felizmente, com cuidados bucais apropriados todo dia e visitas regulares ao dentista, você pode ajudar a prevenir que a gengivite se desenvolva ainda mais. Ela é melhor prevenida e, na maioria dos casos, rapidamente curada seguindo-se uma rotina de remoção de placa todo dia - trata-se de um processo de duas etapas de escovação com escova de dentes com cerdas macias e limpeza entre os dentes. Juntas, essas etapas previnem que placa se forme nas superfícies dentais e sob a linha gengival. A gengivite não é uma condição permanente. Ela pode ser revertida, pois não ocorre nenhum dano permanente no osso que sustenta os dentes.

O que é periodontite?
Se deixada sem tratamento, a gengivite pode progredir para uma forma mais severa de doença na gengiva chamada periodontite ou doença periodontal. A periodontite provoca danos no osso e na gengiva que sustentam os dentes. Uma vez que a periodontite é desenvolvida, o dano não pode ser revertido: apenas um programa de tratamento profissional e um nível aumentado de cuidados bucais diários em casa podem evitar que piore. Se você tiver periodontite, seu dentista lhe fornecerá um programa individualizado para a manutenção de seus dentes e gengiva a fim de deter o progresso da doença. A Uma vez que foi comprovado que nossas escovas de dentes elétricas removem mais placa do que uma escova de dentes manual, você pode melhorar seu nível de higiene oral, o que é um fator crítico no controle da doença na gengiva.

A quais sintomas eu devo estar atento?
A periodontite pode inicialmente ocorrer sem muitos sintomas visíveis, portanto exames dentais regulares são essenciais para um diagnóstico prematuro. Sintomas comuns da periodontite são gengivas vermelhas e inchadas que começaram a se afastar dos dentes, criando bolsas. Isso está freqüentemente associado com sensibilidade dental, uma sensação de pressão intensa entre os dentes ou sangramento quando da escovação ou do uso de fio dental. Em estágios mais avançados, você pode ter recessão gengival, cárie radicular, pus entre os dentes e gengivas, e amolecimento ou eventual perda dos dentes.



Como eu ajudo a prevenir o desenvolvimento da periodontite?
Adotando uma rotina completa de cuidados bucais, você pode ajudar a evitar a periodontite - aqui estão algumas dicas úteis:

  • Escove completamente seus dentes duas vezes ao dia com uma escova com cerdas macias e creme dental com flúor - preferivelmente de manhã após o café e antes de dormir
  • Limpe entre seus dentes diariamente a fim de remover placa de áreas que sua escova de dentes não consegue alcançar Visite seu dentista regularmente - pelo menos uma vez a cada seis meses, para limpeza e exame
  • Evite fumar
  • Os dentistas recomendam que você troque sua escova de dentes pelo menos a cada três meses ou antes se a escova de dentes parecer gasta, pois pesquisa mostra que uma escova de dentes nova consegue remover mais placa do que uma com três meses de uso.

Onde pode ocorrer cárie

A razão para escovarmos e passarmos o fio dental é remover a placa, uma película bacteriana incolor e pegajosa que se forma constantemente sobre os dentes. A placa é uma das principais causas de cárie.


Como a placa causa a cárie nos dentes?


As bactérias na placa reagem com o açúcar dos alimentos que comemos para produzir ácidos que podem atacar e enfraquecer o esmalte dental (a capa dura e protetora sobre nossos dentes), abrindo caminho para as cáries se desenvolverem.

Há três locais diferentes onde a cárie em um dente pode ocorrer:

A cárie nas superfícies oclusais dos dentes ocorre quando a placa fica presa nas ranhuras. Esse tipo é o mais comum em crianças, pois elas freqüentemente pulam essas áreas durante a escovação. A cárie entre os dentes ocorre quando a placa se fixa nessas superfícies de difícil acesso.


Essas áreas não podem ser alcançadas somente com a escova de dentes podendo ocorrer cáries se você não usar fio dental ou limpar entre os dentes regularmente.


A cárie nas superfícies radiculares dos dentes ocorre se você sofreu recessão gengival ou perda óssea, estando isso freqüentemente associado com doença gengival ou periodontite.


Também é mais comum com o envelhecimento, pois a gengiva começa a se retrair. Caso a placa se forme sobre raízes expostas dos dentes, que não são protegidas pelo esmalte, as cáries irão se desenvolver rapidamente.

Saúde Bucal para os Bebês

Além das indiscutíveis propriedades físicas, nutricionais e psicológicas do leite materno, a amamentação é importante para a saúde bucal do bebê. Mamando no peito, o bebê respira pelo nariz e é obrigado a morder, avançar e retrair a mandíbula. Isso propicia o correto desenvolvimento muscular e esquelético da face, possibilitando a obtenção de uma boa oclusão dentária.

Os cuidados com a higiene bucal devem começar a partir do nascimento do bebê. No recém-nascido, a limpeza deve ser feita com uma gaze ou fralda umedecida em água limpa para remover os resíduos de leite. Com o nascimento dos primeiros dentes (por volta dos 6 meses), a fralda deve ser substituída por uma dedeira. Aos 18 meses, com o nascimento dos primeiros molares decíduos, a higiene deverá ser realizada com uma escova dental infantil sem creme dental ou com um creme dental sem flúor. O creme dental fluoretado só deverá ser utilizado a partir dos 2 ou 3 anos de idade, quando a criança souber cuspir completamente o seu excesso.

A cárie é uma doença transmissível. O Streptococcus mutans, bactéria causadora da cárie, pode ser transmitido da mãe para o filho pelo contato direto. Por isso, não se deve soprar a comida do bebê nem experimentá-la com o talher dele, pois é possível transmitir a ele essas bactérias.

A primeira visita ao dentista deve ser feita ainda na gestação. O ideal é que a mãe faça uma consulta para receber as orientações necessárias para manter a correta saúde bucal do seu filho. Independentemente da consulta da gestação ter sido realizada, a primeira consulta do bebê deve ser por volta dos 6 meses, coincidindo com o nascimento do primeiro dente decíduo. Preferencialmente, a consulta deve ser realizada com o odontopediatra, pois é ele o profissional habilitado a fazer esse primeiro atendimento.

A cárie de mamadeira é uma cárie de desenvolvimento rápido (aguda), que provoca dor e dificuldade de alimentação, determinando perda de peso e de estatura. É provocada pela ingestão de líquidos açucarados na mamadeira, principalmente durante a noite, sem que seja feita a higiene bucal posterior.

Quando for trocar a mamadeira pelo copo, e houver preocupação de o bebê não tomar mais leite a mãe deve ter alguns cuidados.Todo processo de remoção de hábitos deve ser lento e gradativo. Antes de remover a mamadeira, é necessário ter certeza de que seu filho sabe e gosta de tomar líquidos no copo. Para isso, primeiramente substitua apenas uma mamadeira pelo copo (geralmente, inicia-se pela mamadeira da tarde). Quando perceber que seu filho está tomando todos os 250 ml anteriormente oferecidos na madeira, no copo, substitua a mamadeira da manhã. No momento em que ele estiver ingerindo 500 ml de leite por dia no copo, a mamadeira da noite deverá ser substituída. Esse processo pode durar de 2 a 6 meses, dependendo da criança, por isso, o ideal é que ele seja iniciado um pouco antes dos 2 anos de idade. Para facilitar o processo, pode-se usar os copos com tampa, também chamados de copos de transição.

Para remover a chupeta, deve-se reduzir o seu uso a cada dia. Comece utilizando-a moderadamente, somente quando a criança estiver adormecendo. Quando a criança dormir, lentamente, remova a chupeta da boca e guarde-a. Nunca deixe a chupeta em correntes penduradas no pescoço ou ao alcance da criança. É a mãe que deve administrar as horas de uso, e não a criança. Assim, cada dia ela usará a chupeta um pouco menos até reduzir completamente o seu uso, o que deve ocorrer por volta dos 2 anos de idade.

Dr. Caio Racy

Siglas sobre SIDA/HIV o que significam


AIDS Sigla original da expressão em inglês Acquired Immune Deficiency Syndrome.

Anticorpos Proteínas produzidas pelo sistema imunológico em resposta a qualquer agente agressor.

Anti-retroviral Denominação genérica para os medicamentos utilizados no tratamento da infecção pelo HIV, que é um retrovírus.

Carga viral Teste de quantificação da carga viral: é uma metodologia que permite a determinação da quantidade de HIV circulante no organismo de uma pessoa infectada. É calculada em número de cópias do HIV por ml de plasma.

CD4 É um receptor presente nos linfócitos T-auxiliares onde o HIV se liga para iniciar a infecção da célula.

Coquetel (ou Terapia Combinada) Termo popularmente empregado para o uso de dois ou três medicamentos anti-retrovirais associados, que se caracteriza pela tomada de um grande número de cápsulas ou comprimidos por dia. Em geral, a combinação é feita com dois inibidores de transcriptasereversa e um inibidor de protease. A indicação do número de medicamentos e a sua posologia sempre devem ser determinadas pelo médico, segundo o estado clínico, carga viral e número de células CD4 do paciente.

Doenças oportunistas Doenças causadas por agentes de baixa capacidade patogênica – que geralmente não causam doenças, mas que ocorrem devido à diminuição da capacidade imunitária do paciente.

Falso-Negativo Resultado negativo de um teste sorológico na amostra de uma pessoa infectada pelo HIV ou outro agente. Pode ainda ser um teste negativo, porque o indivíduo não desenvolveu anticorpos (janela imunológica) ou está em estágio tão avançado da doença que se torna incapaz de produzir anticorpos. Raramente o resultado falso-negativo pode ser devido a um erro de laboratório.

Falso-Positivo Resultado positivo de um teste sorológico em amostra de uma pessoa que não está infectada pelo HIV ou outro agente. Os resultados falso-positivos são comuns nos testes de triagem do tipo ELISA (entre 3% a 15% destes testes produzem resultados falso-positivos).

HIV (do inglês Human Immuno Deficiency Virus) Esta sigla identifica a expressão Vírus da Imunodeficiência Humana, o vírus causador da aids.

Infecção Penetração, desenvolvimento e multiplicação de microorganismos no corpo humano, o que pode trazer conseqüências variadas, habitualmente nocivas às pessoas. No caso da aids, trata-se de penetração, desenvolvimento e multiplicação do HIV.

Infecções oportunistas Infecções causadas por microorganismos aos quais o corpo humano é, normalmente, imune. Quando o sistema imunológico está enfraquecido ou destruído (como ocorre na infecção do HIV), as infecções oportunistas podem predominar.

Imunodeficiência Estado em que o sistema imunológico apresenta-se enfraquecido, não podendo proteger o organismo, o que facilita o desenvolvimento de várias doenças.

Imunodeprimido Diz-se do indivíduo cujo sistema imunológico apresenta-se debilitado.

Inibidor da transcriptase reversa Droga capaz de inibir a transcriptase reversa, enzima responsável pela conversão do RNA do HIV em DNA. Sem isso, o vírus não consegue se replicar.

Inibidor de protease Droga capaz de inibir a ação da enzima protease viral específica, essencial para a formação da partícula infecciosa do HIV. Se a partícula viral não estiver corretamente formada, o HIV não conseguirá infectar novas células.

Janela imunológica Período entre a infecção e o início da formação de anticorpos específicos contra o agente causador. Geralmente, este período dura algumas semanas, e o paciente, apesar de ter o agente infeccioso presente em seu organismo, apresenta resultados negativos nos testes para detecção de anticorpos contra o agente.

Período de incubação Período de tempo entre o contato infeccioso e o aparecimento dos sintomas de uma determinada doença. No caso da aids, período de incubação mediano é de 10-15 anos.

Portador assintomático Pessoa infectada pelo HIV e que não apresenta sintomas de aids, mas que pode transmitir o vírus.

Portador sintomático Pessoa infectada pelo HIV e que apresenta sintomas da aids.

Prevenção Medidas destinadas a deter a propagação do determinante de um agravo à saúde. No caso da aids, a propagação do HIV. Como ainda não há uma vacina, a prevenção apresenta-se como a medida mais eficaz contra o HIV. Para que a prevenção ocorra, é necessário implantar ações de intervenção educativas sistemáticas e continuadas, junto à população em geral e aos grupos de maior vulnerabilidade.

Retrovírus Tipo de vírus que, para se reproduzir, utiliza um processo de conversão reversa de seu material genético, utilizando uma enzima específica transcriptase reversa) e outras enzimas das células do indivíduo infectado. O HIV é um exemplo de retrovírus.

Sexo seguro Relação sexual em que ambos os parceiros estão protegidos. São consideradas estratégias de sexo seguro a auto-masturbação, a masturbação mútua, o uso de preservativos, a monogamia, a fidelidade mútua de parceiros sadios, entre outras.

Sistema imunológico Sistema orgânico responsável pela defesa contra agentes potencialmente nocivos. Compõe-se de diversas células e substâncias celulares (anticorpos e citoquinas). A infecção pelo HIV pode levar à destruição progressiva do sistema imunológico, o que favorece o aparecimento de complicações oportunistas características da doença.

Soronegativo Refere-se a pessoas que não possuem anticorpos anti-HIV ou que ainda não os possuem em níveis detectáveis.

Soropositivo Refere-se aos indivíduos que possuem anticorpos anti-HIV em níveis detectáveis.

Transcriptase reversa Enzima viral específica dos retrovírus, responsável pela conversão de seu RNA genômico em DNA. Esta enzima é fundamental no processo de replicação dos retrovírus e um dos principais alvos terapêuticos utilizados no tratamento da infecção pelo HIV.



Western Blot Tipo de teste feito em amostras de sangue, para verificar se a pessoa teve contato com o vírus causador da aids. Por fornecer resultados muito precisos, geralmente é utilizado na confirmação de um resultado já obtido com os testes de triagem

Fonte :www.aids.gov.br

Alimentação Saudável


Conheça algumas orientações para uma alimentação e uma vida saudável!


 Educação alimentar

 Prevenir a cárie dentária pela redução dos alimentos cariogénicos implica não só reduzir a quantidade de ingestão de açúcares, mas também, e principalmente, a sua frequência. Também sob este ponto de vista, as instituições têm um papel muito importante, pois podem promover dietas equilibradas, com baixo consumo de alimentos açucarados (ex: uma sobremesa por semana, um pão com manteiga em vez de doce).

 Existem materiais muito úteis, nesta área, nomeadamente o ‘Manual para uma Alimentação Saudável em Jardins de Infância’ e o ‘Manual de Educação para a Saúde em Alimentação’, que se recomendam. A dieta deverá incluir alimentos que estimulem a mastigação. No entanto, há pessoas com problemas neste domínio que, geralmente, comem papas. Deve-se, assim, ter o cuidado de não adicionar açúcar a estas preparações.As recompensas alimentares dadas por alguma tarefa bem sucedida não devem ser açucaradas.

Os técnicos devem sensibilizar as instituições e os pais para a importância do baixo consumo de alimentos açucarados e refrigerantes, informando que:

• os alimentos açucarados, sólidos e aderentes aosdentes são os mais cariogénicos;

 • o efeito cariogénico dos alimentos é maior se estes forem ingeridos no intervalo das refeições;

 • uma boa dieta passa pela selecção de alimentos naturais, fruta, legumes, cereais e alimentos fibrosos.


Fonte:Portugal. Direcção-Geral da Saúde – Divisão de Saúde Escolar, Manual de Boas Práticas em Saúde Oral para quem trabalha com crianças e jovens com necessidades de saúde especiais. –Lisboa, Direcção-Geral da Saúde, Divisão de Saúde Escolar, 2002.
(Retirado de Professor Escovinha)

O Que é Uma Boa Higiene Bucal?



Hálito puro e sorriso saudável são o resultado de uma boa higiene bucal. Isso significa que, com uma higiene bucal adequada:

    * Seus dentes ficam limpos e livres de resíduos alimentares;
    * A gengiva não sangra nem dói durante a escovação
      e o uso do fio dental;
    * O mau hálito deixa de ser um problema permanente.

Consulte o seu dentista caso as suas gengivas doam ou sangrem quando você escova os dentes ou usa fio dental, e principalmente se estiver experimentando um problema de mau hálito. Essas manifestações podem ser a indicação da existência de um problema mais grave. Seu dentista pode ensiná-lo a usar técnicas corretas de higiene bucal e indicar as áreas que exigem atenção extra durante a escovação e o uso do fio dental.

Como garantir uma boa higiene bucal?

Uma boa higiene bucal é uma das medidas mais importantes que você pode adotar para manter de seus dentes e gengivas em ordem. Dentes saudáveis não só contribuem para que você tenha uma boa aparência, mas são também importantes para que você possa falar bem e mastigar corretamente os alimentos. Manter uma boca saudável é importante para o bem-estar geral das pessoas. Os cuidados diários preventivos, tais como uma boa escovação e o uso correto do fio dental, ajudam a evitar que os problemas dentários se tornem mais graves. Devemos ter em mente que a prevenção é a maneira mais econômica, menos dolorida e menos preocupante de se cuidar da saúde bucal e que ao se fazer prevenção estamos evitando o tratamento de problemas que se tornariam graves. Existem algumas medidas muito simples que cada um de nós pode tomar para diminuir significativamente o risco do desenvolvimento de cáries, gengivite e outros problemas bucais.

    * Escovar bem os dentes e usar o fio dental diariamente.
    * Ingerir alimentos balanceados e evitar comer entre as principais refeições.
    * Usar produtos de higiene bucal, inclusive creme dental, que contenham flúor.
    * Usar enxagüante bucal com flúor, se seu dentista recomendar.

Clorexidina (enxaguatórios bucais)

O QUE É?

A clorexidina é utilizado para tratar a gengivite. Ajuda a reduzir a inflamação (vermelhidão) e edema da gengiva e reduzir o sangramento da gengiva.

Se alguma das informações contidas neste folheto lhe causa preocupação especial ou quiser mais informações sobre o seu medicamento e sua utilização, verificar com o seu dentista, médico, enfermeiro ou farmacêutico. Lembre-se, manter este e todos os outros medicamentos fora do alcance das crianças e nunca compartilhar seus medicamentos com os outros.


ANTES DE USAR


Informe o seu dentista, médico, enfermeiro e farmacêutico se. . .

é alérgico a algum medicamento, se prescrito ou não;

estiver grávida ou se planeia engravidar durante o uso deste medicamento;

estão amamentando;

estiver usando qualquer outro medicamento de prescrição ou não;

tiver outros problemas das gengivas;

possui restaurações nos dentes da frente.


Uso Adequado



Clorexidina solução bucal deve ser usado depois de ter lavado os dentes e fio dental passou. Lavar os dentes completamente da sua boca com água antes de usar o enxágüe bucal. Não comer ou beber durante várias horas depois de usar o enxágüe bucal.


A tampa do recipiente original de clorexidina pode ser utilizado para medir a dose de 15 ml (1 / 2 fl oz) deste medicamento. Encha a tampa para o “preenchimento de linha”. Se você não receber o enxágüe dental em sua embalagem original, verifique se você tem um dispositivo de medição para medir a dose correcta. O farmacêutico pode ajudar com isso.


Swish na boca com clorexidina por 30 segundos. Então cospe para fora. Utilize o medicamento a plena potência. Não misturar com água antes de usar. Não ingerir o medicamento.


Se você falta uma dose deste medicamento, usá-lo o mais rapidamente possível. No entanto, se estiver quase na hora da dose seguinte, salte a dose esquecida e retome seu esquema posológico regular. Não doses duplas.


Para guardar este medicamento:


Manter fora do alcance das crianças. Armazene longe do calor e da luz direta. Evitar congelar esta medicação.Não guarde medicamentos desatualizados ou medicamento não mais necessários. Certifique-se de que está descartada qualquer medicamento fora do alcance das crianças.


PRECAUÇÕES



Clorexidina pode ter um sabor amargo. Não lave a boca com água imediatamente após o uso de clorexidina, pois isso irá aumentar a amargura. Enxaguar também podem diminuir o efeito da droga.


Clorexidina pode alterar o sabor dos alimentos. Às vezes, esse efeito pode durar até 4 horas depois de usar o enxágüe bucal. Na maioria dos casos, esse efeito será menos perceptível como você continuar a usar a droga. Quando você parar de usar a clorexidina, o seu gosto deve voltar ao normal.


Clorexidina pode causar manchas e um aumento de tártaro sobre os dentes. Escovação com um tártaro creme dental de controle e seus dentes diariamente pode ajudar a reduzir esse acúmulo de tártaro e manchas. Além disso, você deve visitar o dentista pelo menos a cada 6 meses para ter os dentes limpos e gengivas examinadas.


Se você acha que uma criança de 22 libras (10 quilos) ou menos engoliu mais de 4 onças do enxágüe dental, obter ajuda de emergência imediata. Além disso, se uma criança de qualquer idade, a lavar as bebidas dental e apresenta sintomas de intoxicação alcoólica, como fala arrastada, sonolência, ou escalonamento ou imperícia ao caminhar, procure ajuda de emergência de uma vez.


EFEITOS COLATERAIS



Os efeitos colaterais que devem ser comunicadas imediatamente ao seu médico


Sinais raros – de reações alérgicas, tais como congestão nasal, falta de ar ou dificuldade respiratória, prurido, urticária ou comichão ou inchaço da face


Os efeitos colaterais que geralmente não requerem atenção médica

Estes efeitos secundários podem desaparecer durante o tratamento, mas se eles continuam ou são incómodas, verificar com o seu dentista, médico, enfermeiro ou farmacêutico.

Mais comum – Mudança no paladar, aumento de tártaro sobre os dentes, dentes manchados, boca, obturações dentárias e próteses ou outros aparelhos de boca

Menos comum ou raro – Irritação da boca;glândulas inchadas nas laterais do rosto ou pescoço, irritação da ponta da língua

 Outros efeitos secundários não mencionados acima podem também ocorrer em alguns doentes. Se notar qualquer outro efeito, verificar com o seu dentista, médico, enfermeiro ou farmacêutico.

 Fonte:http://saudedicas



EFICÁCIA DE SOLUÇÕES AQUOSAS DE CLOREXIDINA PARA DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES







RESUMO
A prevenção da infecção cruzada é parte fundamental na conduta prática de um tratamento odontológico, sendo a desinfecção de superfícies um dos procedimentos para manutenção da biossegurança. Considerando o grande número de superfícies operatórias que podem ser contaminadas durante o tratamento odontológico, torna-se claro que o uso de desinfetantes constitui uma das principais etapas de assepsia efetiva. O objetivo deste trabalho foi verificar a eficácia de soluções aquosas de clorexidina na desinfecção de superfícies em concentrações de 0,5%, 1%, 2%, 3% e 4%, comparando a do álcool 70% gel e líquido, bem como verificar sua viabilidade econômica. Cepas de Streptococcus mutans, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Candida albicans e Klebsiella pneumoniae foram utilizadas para a contaminação de superfícies de couro, fórmica e aço inoxidável e então realizada a desinfecção utilizando a técnica “spray wipe spray” com cada solução. Após cada desinfecção foram feitas coletas utilizando placas de superfície (RODAC)contendo ágar BHI, incubadas e as ufc/placa contadas. Soluções aquosas de clorexidina a partir de 1%, foram eficazes na desinfecção de todas as superfícies para todos os microrganismos testados, seguidas pela solução aquosa de clorexidina 0,5%, álcool etílico 70% gel e líquido.

PALAVRAS-CHAVE: clorexidina, contaminação, superfície, desinfecção, biossegurança.

Estudo liga câncer na boca a sexo oral com várias pessoas

Pesquisa concluiu que praticar com 4 ou mais parceiros triplica risco de ter o tumor. HPV, agora, está mais relacionado a lesões na língua e na amígdala; não há razões para pânico, avisa especialista no vírus


Um vírus sexualmente transmissível e tradicionalmente ligado a câncer no pênis, ânus e colo do útero está sendo relacionado cada vez mais, também, a tumores na boca. A explicação para a maior presença do HPV (papilomavírus humano) nos casos desses cânceres é o aumento da prática de sexo oral nas últimas décadas, em especial entre jovens. Em 2005, 55% dos garotos e 54% das garotas entre 15 e 19 anos já tinham experimentado essa modalidade, segundo o Centro Nacional de Estatísticas da Saúde dos EUA.
Nas décadas de 1940 e 1950, é claro, os estudos de Alfred Kinsey, pioneiro no mapeamento dos hábitos sexuais dos americanos, indicavam números bastante diferentes. Apenas 10% dos homens e 19% das mulheres daquela época disseram ter praticado sexo oral antes do casamento -apesar de menos de 50% das mulheres e de 33% dos homens terem casado virgens.
Com isso, se tornaram mais frequentes, a partir do pós-guerra até hoje, os casos de câncer na base da língua, na amígdala e até em partes do pescoço, que surgem a partir de lesões causadas pelo HPV. Essas conclusões estão em um artigo de opinião publicado em março no “British Medical Journal” pela equipe do médico Hisham Mehanna, do Hospital Universitário de Coventry, no Reino Unido.

Aumento do risco
Ele relata um trabalho com mais de 10 mil voluntários. A conclusão: quem já tinha feito sexo oral com quatro ou mais pessoas tinha uma chance mais de três vezes maior de ter câncer na orofaringe (que começa na raiz da língua e vai até a faringe) do que quem não tinha.
Outro estudo citado por Mehanna foi feito na Suécia por quase 40 anos. Ele envolveu procurar pelo HPV em biópsias de tumores retirados da orofaringe. Nos anos 1970, o vírus foi encontrado em apenas 23% dos tumores. Em 2006 e 2007, foi achado em 93%.
Como o número de casos de câncer na orofaringe está crescendo, e não diminuindo, é possível concluir que o HPV nunca antes causou tantos tumores na boca e adjacências.

Sem neurose
Não há motivo, porém, para desespero, diz a médica Eliane Pedra Dias, da Universidade Federal Fluminense. Ela deu uma palestra sobre lesões orais no Simpósio Internacional de HPV, organizado na semana passada pela Fiocruz, no Rio. “É importante não criar neuroses. Sexo é uma coisa que é para ser boa.”
A maioria das pessoas serão infectadas pelo HPV em algum momento das suas vidas. E, em geral, o vírus vai embora sem deixar nenhuma lesão. Segundo Dias, é importante lembrar, também, que as pesquisas sobre a relação entre HPV e câncer na boca não estão totalmente consolidadas.
“Os mecanismos de infecção ainda não são totalmente conhecidos. Embora também seja uma mucosa como a genital, as características do ambiente e a resposta imune das duas regiões são bem diferentes.” “Mais pesquisas precisam ser feitas”, concorda Mehanna.
Já existem vacinas contra o HPV. Ainda se discute se vale a pena incluí-las no Programa Nacional de Imunização. Ela é cara (o valor chega às centenas de reais por unidade) e os cientistas ainda questionam a abrangência da sua eficiência.
Por enquanto, afirma Dias, o mais importante são exames periódicos na boca, porque as lesões iniciais são pouco perceptíveis e o diagnóstico acaba acontecendo quando o tumor já está em estágio avançado. “O médico olha direto para a garganta e o dentista, apenas para os dentes”, brinca.

O jornalista RICARDO MIOTO viajou a convite da Fiocruz

HPV Bucal

As manifestações clínicas da infecção do Papilomavírus Humano (HPV) na cavidade oral tem sido pouco investigada pelos cirurgiões dentistas, em relação à infecção deste vírus na área médica (ginecológica, urologia, dermatologia, etc). A cavidade oral é considerada por muitos autores como reservatório e fonte de infecção desse vírus. As infecções causadas pelo HPV, geralmente são crescimentos exofíticos, que aumentam com o decorrer do tempo, e são frequentemente confluentes, apresentando aspecto de "couve-flor" e podendo acometer áreas queratinizadas ou não-queratinizadas. Com o avanço da tecnologia para a detecção do papilomavírus humano, foram encontrados HPVs responsáveis por diversas lesões bucais benignas como o papiloma escamoso, a verruga vulgar, o condiloma acuminado e a hiperplasia epitelial focal; e associados a outras potencialmente malignas como as leucoplasias e o líquen plano e finalmente ao próprio carcinoma espino-celular.

Dos mais de 100 tipos de HPV já identificados, 24 foram associados com lesões bucais (HPV- 1, 2, 3, 4, 6, 7, 10, 11, 13, 16, 18, 30, 31, 32, 33, 35, 45, 52, 55, 57, 59, 69, 72 e 73) 11,20,25,27, sendo o HPV 16 mais prevalente tanto em lesões orais como genitais2. Quanto ao potencial de malignidade classificam-se como de alto risco os HPV 16, 18, 31, 33, 35 e 55; os de médio risco os HPV 45 e 52 e de baixo risco os HPV 6, 11, 13, 32.

A presença de HPV em mucosa normal apresenta dados bastante conflitantes em razão da variedade de métodos e dos grupos de pacientes pesquisados sendo a reação de cadeia da polimerase (PCR) a técnica mais utilizada para a detecção do DNA do HPV em boca 1,6,20,27. Em relação a sua prevalência em mucosa normal, o HPV é detectado duas a três vezes mais em lesões pré cancerosas da mucosa oral e quase 5 vezes mais no carcinoma oral 15.

Foi sugerido que a prevalência do HPV inclui infecções sub-clínicas e/ou latentes e que a infecção com um baixo número de cópias do vírus é comum na cavidade oral. Entretanto, a prevalência média de HPV na mucosa oral tem sido descrita entre 20 a 30%14. Os tipos 6, 11, 16 e 18 apresentam-se como os mais prevalentes na cavidade bucal18 e em anus e genitais o que talvez possa significar uma transmissão oro-genital.

Em pacientes HIV positivos a possibilidade de infecção pelo HPV é muito grande nas suas mais variadas formas, mas não existem evidências de seu envolvimento com o desenvolvimento da leucoplasia pilosa. O mecanismo de interação entre HIV e HPV em cavidade bucal ainda não está completamente explicado, uma vez que o HIV não é um habitante permanente do epitélio oral, enquanto o HPV restringe-se às células epiteliais.

Mesmo após o tratamento das diferentes formas clínicas da infecção pelo HPV é importante a conscientização do paciente para a necessidade de um bom período de contrôle de modo a evitar que se reinstale uma infecção viral permanente, muitas vezes em mucosa aparentemente sadia. O exame intra bucal a "olho nu" não é suficiente para a detecção de lesões mais tênues, acreditamos que seja necessário a magnificação das estruturas bucais com a utilização de microscópio operatório (Fig. 12.1) ou pelo menos a utilização de lupas.

PAPILOMA ESCAMOSO

O papiloma escamoso bucal é uma denominação genérica, usada para incluir crescimentos papilares e verrucosos.19 É a lesão papilar mais comum da mucosa bucal (incluindo a parte do vermelhão do lábio), constituindo aproximadamente 3,0% das lesões de boca.

Sua etiologia está relacionada com o HPV 6 e 11, em 1964 já se comprovava sua origem viral em animais de laboratório 4. Os subtipos virais HPV - 6 e 11 têm sido identificados em até 50% dos papilomas orais.Tem sido sugerido um período de latência ou incubação de três meses a um ano. 3

O papiloma escamoso oral é mais comumente diagnosticado em pessoas a partir dos 25 anos de idade tendo uma diminuição de ocorrência após os 50 anos, ocorrendo com a mesma frequência, em homens e mulheres. Os locais de predileção incluem a língua (principalmente borda lateral) e o palato duro e mole, mas qualquer superfície de mucosa oral pode ser afetada.

O papiloma escamoso é uma lesão firme, indolor e normalmente exofítica pediculada, com numerosas projeções semelhantes a "dedos" na superfície, que lhe dão uma aparência de "couve-flor" ou "verruga" (Fig. 12.2 - 12.3). As lesões podem ser brancas, vermelho-claras, ou de cor normal, dependendo da quantidade de ceratinização da superfície. Os papilomas são normalmente solitários e caracteristicamente aumentam de modo rápido para o tamanho máximo de 0,5 cm, com pequena ou nenhuma mudança depois disso. Entretanto, têm sido noticiadas lesões que chegam a 3 cm de diâmetro.

O diagnóstico diferencial do papiloma bucal de células escamosas, quando solitário, inclui a verruga vulgar e mais raramente o condiloma acuminado. A verruga vulgar geralmente forma-se com uma base séssil ou larga, em contraste com a base estreita e pediculada do papiloma escamoso e o condiloma acuminado geralmente apresenta lesões múltiplas. Dependendo do grau de queratinização o fibroma apresenta-se como diagnóstico diferencial.

O tratamento indicado é a remoção cirúrgica com pequena margem de segurança e deve incluir a base da lesão, sua recidiva é bastante rara exceto em pacientes imunodeprimidos

CONDILOMA ACUMINADO <
br> O condiloma acuminado é uma proliferação induzida por vírus do epitélio escamoso estratificado da genitália, região perianal, boca e laringe. Parece estar associado ao HPV- 6, HPV- 11, HPV- 16 e HPV- 18, entre outros. É considerada uma doença sexualmente transmissível (DST), com lesões desenvolvendo-se no local do contato sexual ou em regiões que sofreram traumas.

O intervalo entre a exposição e a evidência clínica varia de quatro semanas a oito meses, se não permanecer latente10,22. Uma vez presente, a auto-inoculação para outros locais de trauma é possível.

Clinicamente, o condiloma acuminado pode iniciar-se como uma formação de numerosas pápulas agrupadas, de coloração rósea, que crescem e coalescem. O resultado é um crescimento papilar (ou nodular) exofítico, com base larga, que pode ser ceratinizado ou não ceratinizado, firme, bem edemaciada e séssil de coloração rósea, com superfície verrucosa, indolor, podendo ser única ou múltipla. Apesar de serem considerados relativamente raros na boca, nos últimos anos tem se apresentado com uma freqüência cada vez maior. As lesões orais ocorrem geralmente, na mucosa labial, palato mole e freio da língua mas podem ocorrer em quaisquer um dos tecidos moles da cavidade bucal. O tamanho médio da lesão é de 1 a 1,5 cm, mas lesões orais de até 3 cm têm sido noticiadas. Em pacientes HIV positivos podem apresentar-se tomando extensas áreas de mucosa (Fig. 12.4, Fig. 12.5, Fig. 12.6, Fig. 12.7).

Muitas lesões, ainda virais, se assemelham com a Verruga Venérea, e para discernirmos é necessário um criterioso exame clínico (Anamnese e Exame Físico). Por se tratar de uma DST a idade do paciente bem como seus hábitos sexuais devem ser considerados. O diagnóstico do Condiloma Acuminado em mucosa oral de crianças é sugestivo de abuso sexual, sendo sua forma de contaminação mais comum, mas outras vias devem ser consideradas como a possibilidade de suas mães terem a patologia em vulva ou mesmo cavidade bucal durante a gravidez. 13

A hiperplasia epitelial focal é outra condição da mucosa bucal que rotineiramente produz múltiplas lesões papilomatosas. A superfície ligeiramente granular e em forma de placa dos aumentos produzidos por estas condições pode ser distinguida na maioria das vezes, do aspecto em "couve-flor" dos condilomas.5 Apesar de clinicamente poderem se confundir, alguns aspectos epidemiológicos (idade, raça e procedência) são suficientes para a exclusão diagnóstica.

Os condilomas tendem a ser maiores que os papilomas, e são caracteristicamente múltiplos e aglutinados.

Verrugas múltiplas pode ser uma hipótese diagnóstica quando os lábios são afetados, mas a ocorrência de múltiplas verrugas intra-bucais é rara. 16,19

Ao condilomas orais são normalmente tratados por excisão cirúrgica conservadora. A aplicação tópica de podofilina nem sempre apresenta resultados satisfatórios além das dificuldades técnicas relacionadas a sua aplicação. A ablação a laser tem sido usada, mas este tratamento tem levantado algumas questões, como o transporte pelo ar de HPV pelas microgotas aerosolizadas, criadas pela vaporização do tecido lesional. Em casos de lesões extensas o uso de ATA 70% ou até mesmo 90% tem sido utilizado.

Indiferentemente ao método utilizado os condilomas devem ser tratados, porque são contagiosos e podem espalhar-se para outras superfícies orais bem como para outras pessoas, através do contato sexual, normalmente direto. O encaminhamento ao médico para tratamento das lesões genitais é obrigatório a fim de se prevenir a reinfecção, bem como o esclarecimento ao paciente da necessidade de notificar seus parceiros.

Na área anogenital, esta lesão pode demonstrar um caráter pré-maligno, especialmente quando infectada com o HPV- 16 e HPV- 18, a possibilidade do mesmo ocorrer na cavidade bucal ainda será discutida neste capítulo.

VERRUGA VULGAR

A verruga comum é o resultado de infecção pelo HPV, cuja identificação clínica existe há mais de dois mil anos. A etiologia viral das verrugas foi demonstrada em 1907 por Ciuffo, que induziu a sua transmissão através de um filtrado livre de células. A verruga vulgar consiste em uma hiperplasia do epitélio escamoso estratificado benigna, induzida por vírus e focal, sendo associadas ao HPV- 2, HPV- 4 e HPV- 40. A verruga vulgar é contagiosa, e pode espalhar-se por outras partes da pele ou das membranas mucosas de uma pessoa, por auto-inoculação. Não é comum na mucosa oral, mas extremamente comum na pele. 7,25 Clinicamente, estas lesões apresentam-se como pápulas ou nódulos bem delimitadas e pálidas, com uma superfície áspera, "verruciforme" ou com projeções papilares. As lesões são indolores e de consistência firme à palpação. 19,24

A verruga vulgar tem crescimento vagaroso, e geralmente menos de 1 cm de tamanho. A porção exofítica da lesão é estreita em comparação com a base larga. 5

A infecção viral afeta inicialmente as mãos e os dedos de crianças e adultos jovens. As verrugas das regiões bucal e peribucal desenvolvem-se tipicamente na borda do vermelhão dos lábios (Fig. 12.8, Fig. 12.9, Fig. 12.10), no palato e no terço anterior da língua. O envolvimento bucal geralmente resulta do contato direto com lesões nas mãos ou com as mãos servindo como vetor de lesões em outras partes do corpo.

A localização e o tamanho comparativo da base da lesão são características distintas entre a verruga e o papiloma escamoso, além de que as primeiras terem um crescimento mais vagaroso.

Múltiplas verrugas de lábio podem sugerir a possibilidade de condiloma acuminado ou hiperplasia epitelial focal, mas essas condições multifocais são tipicamente limitadas a superfície "úmida" da mucosa. 5

Para as lesões orais é indicada a excisão cirúrgica conservadora (Fig. 12.11, FIG. 12.12, Fig. 12.13, Fig. 12.14), porém podem ser removidas por crioterapia, eletrocirurgia ou mesmo ablação a laser. O contato com o tecido circunvizinho deve ser evitado durante a remoção, a fim de minimizar a possibilidade de inoculação viral. A recorrência é bastante rara e o encaminhamento ao médico é obrigatório para a remoção das lesões de pele.

As verrugas não se transformam em lesões malignas, e dois terços desaparecem espontaneamente dentro de 2 anos, especialmente em crianças. 5

HIPERPLASIA EPITELIAL FOCAL

A hiperplasia epitelial focal (doença de Heck ou Papiloma Focal ou Hiperplasia Epitelial de Vírus) foi identificada como entidade distinta em 1965 29. Os estudos iniciais descreveram lesões em índios americanos, nos Estados Unidos e no Brasil, e em esquimós. Estudos mais recentes também têm identificado lesões em outras populações e grupos étnicos da África do Sul, México e América Central sendo muito raras em países europeus8. A predileção étnica desta condição pode estar relacionada com fatores genéticos que aumentam a vulnerabilidade do indivíduo a infecção viral.16,19

Essa lesão é uma proliferação localizada e induzida por vírus no epitélio escamoso oral, sendo produzida por subtipos do HPV (HPV- 13 e 32). 7,9,20,25

Em relação a tal condição, apontam-se causas que variam da irritação local de baixo grau as deficiências vitamínicas. Foi sugerida a participação de fatores genéticos, porém sem comprovação. 19

A doença de Heck é uma condição infantil, que ocasionalmente afeta adultos jovens e de meia-idade. Não há uma tendência de gênero. Os locais de maior envolvimento incluem as mucosas labial, jugal e lingual, mas lesões gengivais e tonsilares têm sido reportadas. 16,21

Essa doença tipicamente apresenta pápulas e placas achatadas, com coloração igual mucosa normal, mas também podem ser pálidas ou raramente brancas. Ocasionalmente, as lesões mostram uma leve mudança na superfície papilar. As lesões individuais são pequenas (0,3 a 1 cm), discretas e bem demarcadas, mas frequentemente se encontram tão aglutinadas que toda a área fica com uma aparência pavimentada ou fissurada. 7,16,21

As lesões são assintomáticas e sua secagem revela uma superfície finamente granular. Não raro são detectadas em exames de rotina sem existência de nenhuma queixa por parte do paciente ou familiares

O condiloma acuminado é a condição de maior semelhança com a hiperplasia epitelial focal. Diversas condições genéticas raras, tais como esclerose tuberosa, doença de Darier e síndrome de hamartomas múltiplos, podem causar lesões bucais semelhantes. Também devem ser incluídos no diagnóstico diferencial a verruga vulgar e os papilomas escamosos múltiplos. As lesões da mucosa bucal da doença de Crohn e a pioestomatite vegetante também podem ser consideradas. 5,19 Quando ocorrem múltiplas lesões aglutinadas em mucosa jugal os grânulos de Fordyce apresentam-se clinicamente muito parecidos à doença de Heck, neste caso e nos demais o exame anátomo patológico é de bastante valia.

A regressão espontânea da hiperplasia epitelial focal tem sido noticiada após meses ou anos, sendo confirmada pela raridade da doença em adultos. A excisão cirúrgica conservadora pode ser feita para fins diagnósticos ou por razões estéticas.

O tratamento com interferon alpha-2a também tem sido citado sendo necessários aplicações duas vezes por semana por um período de 14 semanas.12

A recidiva após o tratamento é pequena, e não existe nenhum caso relatado de transformação maligna. Cabe lembrar que a hiperplasia epitelial focal pode ser uma manifestação oral da AIDS.28

RELAÇÃO ENTRE HPV E TUMORES MALIGNOS NA CAVIDADE BUCAL

O câncer bucal representa um grave problema de saúde pública no Brasil, correspondendo a 4% de todos os tipos de câncer, ocupando o oitavo lugar entre os tumores que ocorrem em pacientes do sexo masculino e o décimo primeiro entre as mulheres. Com relação ao câncer bucal diversos vírus já foram sugeridos como portadores de potencial oncogênico, destacando-se, dentre eles, o vírus do herpes simples (HSV) e mais recentemente o vírus do papiloma humano (HPV). Embora não haja comprovação para se afirmar que existe esta associação colecionam-se indícios de que o HPV pode desempenhar um papel importante na carcinogênese bucal, principalmente quando associado a outros fatores como o fumo, álcool, oncogenes, genes supressores de tumores e imunodeficiências. Apesar desta afirmação encontrar respaldo em grande número de trabalhos outros autores15 acreditam que a infecção pelo HPV principalmente os genótipos de alto risco, signifiquem um fator independente para o aparecimento do carcinoma espino-celular.

A associação entre o HPV e o carcinoma anogenital masculino e feminino e cervical uterino já é bastante conhecida. Na mucosa oral, apesar de ser bastante controversa, esta possibilidade já é relatada desde 198324 e ainda hoje continua alvo de muitos estudos. Esta relação é baseada pela capacidade do HPV de alto risco de imortalizar ceratinócitos orais in vitro23. A literatura é farta em trabalhos de pesquisa de prevalência do HPV em lesões malignas da cavidade bucal, mas os resultados são bastante díspares sendo encontrado de 0% até 80% dependendo do método de detecção empregado, em alguns trabalhos chega-se em 100% das amostras.

A presença do HPV em lesões cancerizáveis apresenta índices maiores dos que os encontrados em mucosa normal, assim a leucoplasia, a queilite actínica e o líquen plano apresentam grande prevalência principalmente dos genótipos 16 e 18. Alguns autores17 chegam a afirmar que sua presença é obrigatória (100%) em todas as lesões onde existe o desenvolvimento em tumores malignos.

O tema HPV e carcinogênese sem dúvida nenhuma ainda será muito estudado e esmiuçado, muitas cepas ainda serão descobertas e os exames de detecção devem ser melhorados tanto em sensibilidade quanto em especificidade. Provavelmente em alguns anos teremos respostas concretas quanto à real importância da presença do HPV em relação aos tumores malignos da cavidade bucal. Enquanto houver dúvida, acreditamos que faz parte da prevenção do câncer bucal, a detecção e tratamento do HPV, principalmente dos genótipos de alto risco.

Fonte:http://www.hpvinfo.com.br/hpv-12.htm

As DST`s e a Boca

Sexo oral inseguro e doenças sexualmente transmissíveis são uma mistura perigosa.


Até mesmo o beijo na hora de “ficar” apresenta risco à saúde.


Ao contrário do que muita gente pensa, sexo oral também é um caminho para contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). E em alguns casos, uma DST oral pode ser até mais difícil de diagnosticar e tratar. O cirurgião-dentista pode reconhecer os sintomas orais de uma DST e instruir o paciente a procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico.


Segundo a literatura científica internacional, muitos pacientes sequer consideram sexo oral como um autêntico intercurso sexual. Uma pesquisa publicada no jornal da Academia de Odontologia Clínica Geral dos EUA em 2002 revela que 60% dos universitários entrevistados não consideravam o contato oral-genital como prática sexual. E mais de 55% dos adolescentes consultados admitiram praticar atos de sexo oral.

Noventa por cento dos que contraíram o componente oral de uma DST – como gonorréia – eram provavelmente assintomáticos (não apresentam sinais evidentes de contágio).

Os outros 10% exibiam sintomas como inflamação ou edema gengival e hemorragia. Estes sintomas lembram os sinais de outra doença, a dolorosa gengivite necrosante ulcerativa aguda (GUNA). Esta doença, ao contrário da gonorréia, tem um odor desagradável.



Alguns pacientes com manifestações orais de DSTs também apresentam sintomas parecidos com os de uma gripe. È possível ainda que uma DST possa permanecer assintomática na boca.O correto é orientar os pacientes a seguir as instruções das autoridades de saúde: praticar sexo seguro e usar camisinha ou barreira de látex.

 Existem vários tipos de doenças potencialmente transmissíveis pelo beijo.

A mononucleose (doença do beijo), cárie, gengivite, candidíase (sapinho), herpes labial, tuberculose, hepatite e até as doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis e a gonorréia podem passar de um “ficante” a outro.

Para não ter surpresas desagradáveis pós-balada, recomenda-se cuidar bem da higiene bucal e visitar regularmente o dentista. Um exame clínico de rotina é capaz de identificar os primeiros sintomas das manifestações bucal de DSTs, por exemplo.

As manifestações orais das DSTs mais comuns ou doenças que podem ser mais facilmente transmitidas pelo beijo são:

O relacionamento sexual oral sem preservativo, mesmo entre pessoas normais, pode sempre vir a trazer alguma alteração na flora bacteriana, tanto bucal como genital. Essa condição é possibilitada pela troca dos fluidos e microrganismos salivar e genital, podendo os microrganismos de uma cavidade agir patologicamente em outra cavidade de nosso organismo, gerando alguns desequilíbrios das bactérias locais, essas alterações tendem normalmente a se auto-regular sem necessidade de antibióticos. Em caso de dúvidas consulte sempre um especialista.

Você pode adquirir inúmeras doenças sexualmente transmissíveis – (DSTs) pelo sexo oral, caso você tenha algum sangramento, como o sangramento gengival, aftas ou quaisquer tipos de lesões na boca, que exponham o tecido conjuntivo e, que na ocasião em que este processo ulcerativo estiver presente, ele acabe entrando em contato com uma pessoa que seja portadora da doença e que tenha também qualquer pequena ulceração.

As doenças sexualmente transmissíveis mais freqüentemente transmitidas ou adquiridas na boca são: Herpes, HPV, Sífilis, AIDS, Gonorréia, Cancro Mole, Candidíase; Uretrites, porém podemos considerar que em certos casos, as Hepatites A, B, C podem ser transmitidas pelas relações sexuais, assim com, gripes, hanseníases (saliva e secreções), etc, portanto, poderíamos considerá-las como Doenças Sexualmente Transmissíveis – DSTs.

* HPV - O Condiloma acuminatum tem aspecto de verruga e é causada pelo Papilomavirus humano ou Human Papillomavirus (HPV) parecem na boca, verrugas achatadas e esbranquiçadas, têm um formato bem peculiar de “crista de galo”, nome pelo qual são comumente conhecidas. Podem aparecer de forma única, mas o mais comum é que existam muitas verrugas muito pequeninas, normalmente são indolores e imperceptíveis aos olhos de seus portadores. Podendo aparecer nas pontas das papilas da gengiva, na língua, na bochecha, palato, na garganta e tonsilas. Os sorotipos HPV 16 e HPV 18 são cancerizáveis, sendo os carcinomas de células escamosas os de maior ocorrência. Num trabalho na Johns Hopkins University School of Medicine – Baltimore Maryland USA, desenvolvido no Hospital Johns Hopkins, no Centro de Oncologia, um estudo com 253 casos, da Dra. Maura Gilisom demonstrou que 25% dos pacientes com câncer no departamento de cabeça e pescoço, tiveram resultados positivos para HPV, sendo 90% deles para o sorotipo HPV 16.

* Sífilis - Causada por uma bactéria Treponema pallidum se manifesta na boca, língua, palato, bochechas, lábios, faringe e gengiva. Aparecendo pela primeira vez após aproximadamente 21 dias do contacto direto com a área infectada, tem um aspecto de vulcão, ou seja, uma úlcera de bordos elevados e duros, por estas características a lesão primaria da sífilis, recebeu o nome de “Cancro Duro.” A lesão primária depois de algum tempo desaparece e a doença continua evoluindo para a sífilis secundária, que pode ser caracterizada por pequenas roséolas, simétricas e bilaterais, comumente ocorrem no palato, língua e bochechas. As lesões secundárias continuam evoluindo acometendo o sistema nervoso do indivíduo é uma fase de Goma sifilítica, que pode chegar à loucura e à óbito dos indivíduos. A sífilis ainda, pode ser transmitida pela mãe gestante por via placentária, sendo mais comum, após o terceiro mês de gravidez, ocorrendo a sífilis congênita o que acarreta que a criança venha a ter má formações, como nariz em forma de cela e dentes mal formados em forma de barril.

* Gonorréia ou Blenorragia - A gonorréia é causada pela bactéria Neisseria gonorrea e pode sim ser adquirida do trato genito-urinário pelo meio bucal, causando uma infecção que acomete a boca, faringe e tonsilas palatinas. É uma doença que pode causar irritação, supuração, mal estar e febre. De acordo com a literatura a mesma pode desaparecer sozinha, após no máximo 3 meses da infecção.

* Cancro Mole - Aparecem de 1 a 4 dias após o contacto sexual é causado por uma bactéria denominada Haemophilus ducrei. São lesões em forma de úlceras com bordos elevados e moles, transmitidas por relações sexuais principalmente oro-anais, oro-genito-anais e oro-genitais. Estas lesões podem aparecer na boca, lábio, faringe, bochecha; são úlceras dolorosas e purulentas.

* Candidiase - “Sapinho” como é chamado popularmente, é causada por um fungo chamado Candida albicans, que pode ser transmitido por um beijo e por uma relação buco-genital desenvolvendo a doença. Esta doença se manifesta na forma de um creme que é facilmente removido. Na boca a maior freqüência é no ângulo do início da comissura bucal e na bochecha. Sua manifestação é facilitada pela utilização exacerbada de antibiótico o que favorece o desenvolvimento da microbiota fúngica. As manifestações fúngicas também são facilitadas pela quebra da homeostase do organismo por doenças debilitantes.

* Gengivite - gengivas vermelhas e sangrantes, raramente dolorosas;

* Mononucleose - petéquias (pequenas manchas vermelhas) no palato, aumento de volume da garganta com linfoadenopatia cervical (gânglios no pescoço). Estes sinais costumam ocorrer após um mês do contágio;

* Sífilis - ferida indolor no lábio ou língua. Presença de íngua no pescoço.

* AIDS ou SIDA - Apesar de serem menos freqüentes os casos de transmissão por sexo oral, a Aids pode sim ser transmitida por relacionamento sexual oral. A principal preocupação é se você tiver algum sangramento, como o sangramento gengival, aftas ou quaisquer tipos de lesões na boca, que exponham o tecido conjuntivo e, que na ocasião em que este processo ulcerativo estiver presente, ele acabe entrando em contato com uma pessoa que seja portadora da doença e que tenha também qualquer pequena ulceração em mucosa.

- A Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida é transmitida pelo Vírus HIV I e II através de relações sexuais genitais, anais, buco-genitais, buco-anais e buco-genito-anais em contacto direto com líquido e mucosa vaginal ou anal, fluidos, esperma e principalmente sangue. Atingem principalmente adultos de ambos os gêneros e todos os grupos étnicos. Pode ser também uma forma de contágio a utilização de injeções com material não descartável contaminado. Manifestam-se na boca, através da exacerbação de aftas, candidiase, condições herpéticas, aumento da reação inflamatória em doenças periodontais. A aparência normal de um indivíduo não quer dizer que ele não tenha AIDS, portanto a melhor maneira de prevenção é utilizar sempre os preservativos genitais masculinos ou femininos e se possível também preservativos bucais para uma relação segura. Não empreste escova de dente e suas lâminas de barbear, nem para o seu melhor amigo. Certifique-se que os instrumentos, seringas e alicates de cutícula que você faz uso são confiavelmente estéreis e seguros.

* Herpes - Os herpes e uma doença causada pelo vírus Herpes simplex, que se manifestam na boca como uma ou várias vesículas cheias de líquido, podem ser do tipo I – Herpes bucalis ou do tipo II – Herpes genitalis, os dois tipos associados ou separados, podem se manifestar na boca e na genitália após aproximadamente 14 dias do contágio, sendo que a manifestação do H. genitalis no lábio é mais dolorida do que a do H. bucalis. Acometem a boca toda, os lábios, faringe, língua, palato e tonsilas.

Os sintomas do herpes oral incluem febre, cansaço, dores musculares e irritabilidade. Bolhas doloridas aparecem nos lábios, gengivas, na parte anterior da língua, no interior da bochecha, garganta e do palato. Estas vesículas podem inchar e arrebentar, resultando em sangramento. O Herpes oral torna difícil para o paciente o ato de se alimentar, beber e falar, sendo uma doença altamente contagiosa que pode se propagar de pessoa para pessoa quando as bolhas entram em erupção. Muitas vezes, esta infecção está associada à ocorrência de febre alta e baixa resistência imunológica.


SEXO ORAL

Atualmente, ainda são os homens que detém a maior prevalência de doenças sexualmente transmissíveis, mas as mulheres a cada dia vêm apresentando maior freqüência. Isto não se deve a susceptibilidade e sim a um maior comportamento de risco em relacionamentos sexuais.

O contágio ou infecção se dá por contato sexual direto, por meio das relações bucais, também conhecidas como sexo oral, ocorrendo então, por relacionamentos sexuais buco-genitais, buco-anais e buco-genito-anais, como também podem ocorrer tão somente pelas relações buco-bucais. São mais susceptíveis aqueles que têm sangramentos gengivais, ulcerações bucais e lesões nos tecidos epiteliais da boca ou oro-faringe, associados a uma má higiene bucal.

A transmissão de doenças sexualmente transmissíveis pela realização do sexo oral, ocorre principalmente quando o parceiro tem feridas abertas na região genital, que são muitas vezes não percebidas. Pode-se também adquirir a infecção através do sexo oral se ele tem alguma lesão ou cortes na língua, gengivas ou na boca, também muitas vezes não percebidas. O risco de transmissão também pode aumentar devido a certas atividades realizadas antes ou depois do sexo oral. Estas incluem escovar os dentes, utilizar fio dental, mastigar alimentos ou qualquer tipo de trabalho odontológico realizado. A infecção também pode se espalhar devido à partilha de colheres, copos, escovas, toalhas e até lenços infectados.

PREVENÇÃO

O relacionamento sexual seguro, sempre deve ser com preservativo e uma excelente higiene bucal, devemos ainda enfatizar que é fundamental uma excelente higiene bucal, por meio da escovação, utilização do fio dental corretamente e cremes dentais que contenham formulação anti-séptica, além de utilizar como co-adjuvantes enxaguatórios bucais com formulação anti-séptica sem álcool. Estes procedimentos citados são a melhor forma de prevenção das Doenças Bucais Sexualmente Transmissíveis.


Uma higiene eficaz corpórea e uma higiene bucal adequada são formas de evitar o estabelecimento de doenças por ulcerações e lesões do tecido epitelial; os controles periódicos em consultórios odontológicos e médicos; uma vida regrada sem o risco de sexo inseguro e com o mesmo parceiro/a.

A higiene bucal é condição indispensável para a manutenção da saúde bucal e todos os produtos que pudermos lançar mão para a não ulceração e para a promoção da saúde serão bem vindos. Os anti-sépticos bucais sem álcool e a base de clorhexidina são coadjuvantes no controle das infecções como as doenças periodontais, portanto, ajudam a evitar ulcerações e exposição de tecido conjuntivo. A higiene bucal é a forma mais simples, mais barata e segura de prevenção para inúmeras doenças, cuja porta de entrada é o meio bucal, principalmente quando ulcerado.

Exemplos de Tratamentos:

* Herpes Bucal I e II – Tratamentos mais comuns: Auto-vacinas e Anti-virais existentes no mercado como o aciclovir, podem ser utilizados produtos anestésicos locais.

* HPV Bucal – Identificação com lupa e remoção cirúrgica das verrugas ou Quimiocirurgia ou Eletrocirurgia das lesões, já existem vacinas para mulheres moças e é fundamental a manutenção de uma boa higiene bucal.

* Gonorréia ou Blenorragia Bucal – A gonorréia bucal geralmente se cura espontaneamente com uma boa higiene bucal, porém pode haver a necessidade de que sejam utilizados antibióticos específicos para essas bactérias Gram negativas.

* Cancro Mole – O tratamento é dado por antibióticos específicos para o microrganismo Haemophyllus ducrei e uma boa higiene bucal.

* Sífilis com manifestação bucal – Causada por uma bactéria Treponema pallidum tem como tratamento a antibioticoterapia, normalmente à base de Penicilina Benzatina e uma boa higiene bucal.

* Candidiase Bucal – “Sapinho” o tratamento é uma boa higiene bucal, com remoção do creme fúngico e caso a formação de colônias fúngicas permaneçam, ministrar fungicidas locais e sistêmicos. O iogurte é uma excelente indicação para alterações fúngicas na boca, pois os Lactobacilos concorrem e matam os fungos causadores das candidíases.

* AIDS ou SIDA – A Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida é tratada com o coquetel à base de AZT e esta indicada a boa higiene bucal.

Vale lembrar que cada caso deverá ser analisado separadamente e a propedêutica medicamentosa para o tratamento da lesão em questão, caberá tão somente, ao profissional, após o diagnóstico, o prognóstico e a determinação do plano de tratamento.


Concluindo:

O relacionamento sexual seguro, sempre deve ser com preservativo, devemos ainda enfatizar que é fundamental valorizar a manutenção de uma excelente higiene bucal, por meio da escovação, utilização do fio dental corretamente e cremes dentais que contenham formulação anti-séptica, além de utilizar como co-adjuvantes enxaguatórios bucais com formulação anti- séptica sem álcool, para que não existam úlceras e sangramentos gengivais ou das mucosas bucais. Estes procedimentos citados são a melhor forma de prevenção das Doenças Bucais Sexualmente Transmissíveis – DSTs.

Nova pirâmide alimentar



 
piramide nova
Já fizemos outro post com a Pirâmide Alimentar convencional (+ antiga), agora estava lendo um post que nos mostra uma NOVA Pirâmide Alimentar, com algumas alterações, que olhando bem, até parece que faz sentido, embora tenha sido elaborada nos Estados Unidos, ainda assim parece que vale também para nossos padrões alimentares.

Importante é cuidar da alimentação diária, pois essa atitude reflete com certeza em nossa saúde e consequentemente na qualidade de vida de todos.

Clique na imagem acima para aumentar e visualizar melhor, e nos diga: o que acharam da diferença com a que postamos anteriormente?


Fonte: Saúde em Prática
 

Implantes dentários melhoram a saúde bucal e a autoestima

A correria do dia a dia faz com que muitas pessoas descuidem de vários aspectos de sua vida. A saúde é uma das primeiras a ser negligenciada, ainda mais quando se fala em saúde bucal. Com o passar do tempo, a má higienização pode ocasionar doenças gengivais e até mesmo a perda dos dentes. Por vergonha, muitas pessoas passam a sorrir menos e deixam de conquistar melhores trabalhos e relacionamentos por estarem com a autoestima abalada. A falha na dentição ainda pode ser a causa de outros problemas, como a mastigação errada, por exemplo.

O implante é a solução para ambos os casos. O tratamento periodontal, ortodôntico, as próteses e o implante são os procedimentos mais utilizados para resgatar o aspecto estético e funcional dos dentes. O empresário Luis Carlos Fernandes fez implante superior com dentes de porcelana e tratamento estético. “Decidi fazer o implante, pois estava em busca de mais qualidade de vida e, desta forma, somei o fator estético ao funcional. Recuperei minha autoestima e hoje, diferente do passado, consulto o dentista a cada dois meses, fazendo a manutenção preventiva”, afirma.

Para o procedimento ser bem sucedido é preciso atender não somente as necessidades funcionais, mas também estéticas do paciente. “Para saber como deve ser o tamanho ideal e formato da nova dentição, o paciente deve ter um encontro com o protético no próprio consultório, para juntos discutirmos com o profissional responsável pela confecção de seus novos dentes. É feito o molde da boca e definimos qual material será usado, a maioria opta pela cerâmica. O paciente pode dizer como gostaria que fossem seus novos dentes”, diz Gurkewicz.

Já existem no mercado diversas formas de pagamento do implante, como parcelamento, financiamentos e até consórcios. “Hoje a falta de recursos financeiros não é desculpa para comprometer toda a saúde”, enfatiza Dr. Eduardo. A realização de implantes é um procedimento seguro e eficaz. Estudos mostram que implantes de boa procedência apresentam taxas de sucesso acima de 90% no maxilar superior e 97% no inferior.

Uma das maiores causas dos pacientes ficarem por um longo tempo sem algum dente é o medo de realizar procedimentos odontológicos. “Para estes atendimentos, junto comigo fica um anestesista, que usa um sedativo, induzindo o paciente ao sono, enquanto eu faço todo o procedimento. O especialista também cuida de dois itens fundamentais, que são a respiração e a pressão do paciente”, explica o dentista.

O medo da broca era um dos problemas do empresário Fernandes. “Ela causa um desconforto enorme, mas o método que o Dr. Eduardo utiliza dá muita tranquilidade e segurança ao paciente, além da possibilidade do profissional trabalhar sem maiores preocupações. É como se eu estivesse em casa, sem dor nem desconforto”, conta.

Fonte:AW Comunicação

Estudo associa bruxismo à dificuldades respiratórias

"Notícias de um Congresso de Odontologia que foi realizado em São Paulo no Brasil"

“Tem bruxismo? Isso é stress”. Quem convive com o problema de apertar e ranger os dentes enquanto dorme já ouviu esta frase, pelo menos, uma vez na vida. Depois de dez anos de estudos, um grupo de pesquisadores em dor orofacial, bruxismo e desordens do sono da PUC do Rio Grande do Sul, comandado pelo cirurgião-dentista Márcio Lima Grossi, começa a dar uma nova abordagem ao problema, na qual o stress deixa de ser o vilão do bruxismo para tornar-se apenas um coadjuvante. Para estes estudiosos, o bruxismo está associado à dificuldade de se respirar durante o sono leve – estágio anterior ao sono profundo.

O trabalho científico publicado no The International Journal of Prosthodontics, órgão oficial do Colégio Internacional de Protesistas, será apresentado pelo professor Márcio Grossi pela primeira vez no Brasil às 15 horas do domingo (30) no Congresso Internacional de Odontologia do Centenário, promovido pela APCD – Associação Paulista dos Cirurgiões-Dentistas, no Expo Center Norte, São Paulo.

A pesquisa demonstrou que o uso de um dispositivo de avanço mandibular (conhecido por “placa de ronco”) durante 30 dias melhorou significativamente o bruxismo de 27 dos 28 pacientes estudados. Dos pesquisados, 13 eram mulheres e 15 homens, entre 12 e 42 anos. “O bruxismo e a apneia têm relação à dificuldade da passagem do ar. Imagine uma freeway. No bruxismo, todos os carros passam com uma velocidade menor. Na hipopnéia, só 50% dos carros passam; e na apnéia, nenhum carro passa”, explica o cirurgião-dentista Márcio Lima Grossi, mestre pela Universidade de Michigan, doutor pela Universidade de Toronto e membro da Associação Gaúcha do Sono, ligada à Sociedade Brasileira do Sono.

Distúrbios do sono

O primeiro estudioso do sono a descobrir a função do bruxismo para a respiração foi o cirurgião-dentista franco-canadense Gilles Lavigne, Professor Titular e Diretor da Faculdade de Odontologia da Universidade de Montreal, autor do primeiro livro no mundo sobre as desordens do sono para cirurgiões-dentistas – “Sleep Medicine for Dentists: A Practical Overview”.

Segundo Lavigne, quando uma pessoa está acordada, a cabeça fica na posição ereta e a mandíbula na horizontal. Quando dorme, a cabeça fica na horizontal. A mandíbula fica na vertical e cai para trás. O bruxismo faz parte de um mecanismo de acordar/despertar, em geral no estágio do sono leve – quando a necessidade de oxigênio é maior do que no sono profundo. Sua função é manter a passagem das vias aéreas e a lubrificação da cavidade oral.

“Neste processo, a mandíbula é projetada à frente pelos músculos da região até os dentes entrarem em contato. A musculatura fica tensa para evitar que a mandíbula volte a cair para trás. É neste momento que a pessoa range e/ou aperta os dente. Esse mecanismo evita que a mandíbula volte a cair para trás, o que reduziria novamente a passagem do ar na região do orofaringe – que fica atrás do nariz e da boca”, ensina Grossi.

O bruxismo normal ou fisiológico não provoca sintomas. Já o patológico ocorre em pessoas com dificuldade de entrar em sono profundo. “Quem fica muito tempo no sono leve pode ter até 40 minutos de bruxismo por noite. De manhã, tende a apresentar sensibilidade nos dentes da frente, dores de cabeça, na face e na articulação logo à frente dos ouvidos (articulação têmporo-mandibular). A longo prazo, corre o risco de ter desgaste excessivo dos dentes e o aumento do tamanho dos músculos da face”, diz o professor da PUC-RS. O bruxismo pode acontecer com o indivíduo acordado, e sua etiologia é diferente do bruxismo do sono, e normalmente não possui sintomas. É apenas um hábito adquirido que precisa ser mudado.

Vários fatores contribuem para retardar o sono profundo: sobrepeso, mandíbula muito pequena, úvula e/ou amídala grandes, consumo de álcool e drogas, predisposição genética, baixa produção de saliva, alimentação pesada antes de dormir, stress e luminosidade ou barulho no quarto que perturbem o sono, entre outros.

O tratamento clássico do bruxismo pode ser feito por meio de placas para proteger dentes e relaxar os músculos, as “placas de bruxismo”. Os dispositivos de avanço mandibular ou “placas de ronco” eram originalmente usadas por pessoas com dificuldades de passagem de ar ao dormir (apneia/hipoapneia), mas estas placas agora mostraram no estudo também reduzir significativamente o bruxismo do sono. “O bruxismo do sono pode ocorrer sem apnéia/hipopnéia. Mas se elas ocorrerem, haverá necessariamente o bruxismo”, conclui Grossi.

Ele adverte que nem todos os casos de bruxismo do sono podem ser tratados por cirurgiões-dentistas.

“Se a pessoa tem problemas de bruxismo, ronco e apnéia, precisa procurar um laboratório do sono e ser avaliada por uma equipe médica, que vai fazer o diagnóstico de apnéia/hipopnéia ou outros distúrbios do sono. O tratamento então é multidisciplinar”, afirma.
2leep.com

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